domingo, 12 de agosto de 2012





POEMAS DE INSTANTE


Música: Antonio Jardim
Texto: Andréia Pedroso
 


O tempo passaIntangível, erranteVozes relembramRemotas estórias

Eu sinto apenas
esta vontade
Versos, palavras,
murmúrios... silêncio...


Preciso apenas
do tempo passando.
Memórias mortas
contidas na face.


Eu sinto apenas
esta saudade
Versos, palavras,
murmúrios... silêncio...

 O tempo soa...Vagos disparos,Silêncios... Breves.Agudos distantes. 


O tempo côa
minhas histórias.
Sombras, refúgios
poemas de instante


O tempo apaga
memórias tão vivas.
O desalinho
de tantas estórias


O tempo ecoa
memórias-rastros
Versos, palavras,
murmúrios... silêncio...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012



Artifício

Andréia Pedroso
Musicado por  Antonio Jardim


Memorizo tantos instantes
De um futuro preso no ocaso
Acredito em sombras de antes
Continuo lendo o acaso

Das mentiras que reinvento:
Cataclismas, um precipício
Esbarrei num sopro de vento
Contingências de um artifício

O meu corpo solto no espaço
Como um oceano que abraço
- Conversei de perto com a lua

Renuncio a tudo que vejo
Nas verdades deste desejo
Hoje, vai chover para sempre...




Aqui nesta nuvem virtual, cada gota de chuva será sempre o aurir de grito distante, um som desvelado no escuro, um abraço conquistado no silêncio. Toda vez que uma gota de chuva romper o branco do céu e o azul da nossa imaginação, todos os faróis iluminarão, os ventos carregarão, as falas cessarão a solidão e o silêncio de profundos cantos. Cada lágrima corrida no horizonte será o sopro, a trégua, o achado perdido do tempo, o estopim. Tempestade.